Partilho aqui convosco as palavras de Isabel Rodrigues acerca do meu livro.
A Isabel deu-me a honra de prefaciar a obra. É uma Mulher (sim, com M grande), médica, doutorada em Psicologia em Londres, especializada em Stress Management, e é coach e principal na consultora Heidrick & Struggles. (Na foto é a quinta senhora, no sentido da direita para a esquerda).
As palavras que se seguem são excertos do texto com que me brindou no lançamento:
"Em primeiro lugar, quero voltar a agradecer à Rosália o convite que me fez para escrever o prefácio do seu livro - foi para mim, um prazer e uma honra fazê-lo.
O teu livro reflecte a tua vontade e compromisso de dar corpo e espaço a um tema tão complexo que ainda hoje rodeia a mudança das mulheres no mundo do trabalho. Fizeste-lo de uma forma apaixonante, abrindo desafio para o tema dos equilíbrios num mundo repleto de mudanças e novas exigências.
Conseguiste de uma forma dinâmica e vivenciada através de testemunhos reais, a harmonia de conjugares duas dimensões: a do analista e jornalista e a da mulher que vive pessoalmente experiências que só as mulheres vivem e sentem. Parabéns pelo teu trabalho, dedicação e rigor.
Em seguida quero, de viva voz, dizer um muito obrigada às 25 mulheres que partilharam e ofereceram de uma forma madura e despretensiosa as suas experiências - os vossos testemunhos. Oferecem e tecem um rendilhado cujos fios constroém uma maneira de ver e de representar o mundo: uma matriz que desafia, que nos faz reflectir e que nos faz crescer."
"Tal como referi no prefácio, quando abro um livro sobre mulheres, é quase instintivo pensar que me vou deparar ou com uma perspectiva feminista ou com uma perspectiva de vitimização. O livro da Rosália, pelo contrário, oferece através de testemunhos vivos de mulheres profissionais, espaço para a reflexão e inconformismo. Estas 25 mulheres, acima de tudo, não estão zangadas, nem amargas. São mulheres que se fizeram ao caminho, que têm ideias próprias e não renunciaram ao desafio.
Nas longas travessias do xadrez profissional, onde existem mais reis do que rainhas, estas mulheres almejaram da "concavidade da sua constelação feminina" algo mais nobre do que a mera competição - serem Pessoas."
"A verdadeira constatação é esta: ninguém, excepto as mulheres, decidirá como têm de ser as mulheres - este caminho desponta para a necessidade de uma nova postura e a responsabilidade de tornar compatíveis a igualdade e a diferença, de gritar que os Seres Humanos, homens ou mulheres, não devem ser excluídos ou discriminados e de sentir que as diferenças de raça, sexo, língua, sensibilidade e cultura são o coração nuclear da vida e do progresso."
"E nesta caminhada, preparam-se novas gerações e novos ânimos - novas pessoas que se atrevem a viver como Pessoas de verdade: humildes, sinceras, maduras, responsáveis, sensíveis, e com uma atitude aberta à aprendizagem e ao senso comum.
Estou convicta de que os nossos filhos e netos agradecerão do fundo do coração.
Muito obrigada por este momento de partilha.
Isabel de Almeida Rodrigues".